Presidente
do evento, Estevam Hernandes, destacou dados do Censo 2010, que constatou
grande crescimento dos evangélicos.
O
presidente da 20.ª Marcha para Jesus, Estevam Hernandes, fundador e líder da
Igreja Apostólica Renascer em Cristo, abriu o evento anual, que reúne centenas
de milhares de pessoas, com a afirmação de que o Brasil será o maior país
evangélico do mundo. O evento começou às 10 horas e causou lentidão no trânsito
da zona norte da capital paulista.
Às 7
horas, fiéis já se reuniam na Estação da Luz para aguardar o início do evento.
Ao todo, 12 caminhões de trio elétrico acompanharam a multidão desde a Avenida
Tiradentes até a Praça Heróis da Força Expedicionária Brasileira, próxima ao
Campo de Marte, na zona norte da capital, aonde os primeiros participantes
chegaram pouco antes do meio-dia.
Lá foi
montado um palco no qual 34 bandas evangélicas se revezariam até as 21 horas. A
organização do evento preferiu não divulgar a estimativa do número de
participantes enquanto a Polícia Militar não fornecesse um dado oficial, o que
não ocorreu até o início da noite de ontem. A expectativa era de reunir
quantidade de fiéis semelhante à de 2011: 1 milhão.
"Neste
ano, creio que fizemos a maior de todas, nesses 20 anos", disse Hernandes,
em uma coletiva de imprensa realizada no início da tarde de ontem. "A
marcha é a expressão do que as pesquisas demonstram. Tivemos um crescimento no
número de evangélicos muito grande nos últimos dez anos, de 61,5%."
Em
discurso na abertura da marcha, Hernandes havia destacado que os evangélicos
chegaram a 42,3 milhões no País em 2010, citando outro número divulgado no
final do mês passado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). E disse que a expectativa é de que, até 2020, os evangélicos, que hoje
representam 22% da população brasileira, devem se igualar em número aos
católicos.
Políticos
O evento
teve a presença de políticos como o prefeito Gilberto Kassab (PSD) e o ministro
da Pesca Marcelo Crivella (PRB-RJ), ligado à Igreja Universal do Reino de Deus.
Questionado se o evento estaria sendo usado como plataforma política, Hernandes
respondeu negativamente. "A marcha não traz no seu bojo nenhuma conotação
política. Então fizemos com que nenhum candidato viesse. Cada um tem liberdade
de marchar no meio do povo. Mas, no palco, não tivemos nenhum por decisão da
marcha", disse.
Kassab,
que participou de uma oração no palco dos shows, também negou a conotação
política. "Desde que assumi a Prefeitura, tive a oportunidade de
comparecer. Em nenhum desses anos vi alguma conotação política", disse o
prefeito. "É uma oportunidade de o povo evangélico se reunir e
confraternizar, demonstrando sua intensidade. Essa é a razão de a Prefeitura
dar apoio à sua realização."
A Marcha
para Jesus provocou interdições em cinco pontos da zona norte da capital. Os
bloqueios seguiriam até a madrugada de hoje.
Veja
fotos e vídeos sobre a Marcha para Jesus 2012
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