Séries animadas seriam um “incentivo para as drogas, a pornografia e a
homossexualidade”
O grupo religioso Comissão Nacional Sobre Assuntos
para Defesa da Moral Ucraniana divulgou na semana passada um estudo polêmico.
Eles estão querendo proibir no país a veiculação dos desenhos da Disney e
outras séries populares.
Os personagens infantis de animação estariam
causando uma influência negativa sobre as crianças ucranianas. A Comissão
analisou algumas das principais séries infantis que estão nas TVs do país para
detectar as que representam “uma ameaça real para as crianças”.
O relatório foi publicado no site católico “Família
sob a Proteção da Santíssima Virgem” e divulgado em diversos jornais do país.
Os filmes da Disney, segundo a pesquisa, estimulam
a pornografia. Bob Esponja é gay. Além disso, séries como Os Simpsons, Uma
Família da Pesada, Pokémon, Teletubbies e Futurama são “projetos especiais
destinados à destruição da família e a promoção de drogas e outros vícios”,
além de “gerar criminosos e pervertidos”.
Segundo a Comissão Nacional ucraniana, esses
desenhos são “um claro exemplo de propaganda do sexismo”. Para Irina Medvédeva,
psicóloga citada no estudo, as crianças entre 3 e 5 anos que acompanham essas
séries “tendem a imitar os trejeitos dos personagens e a fazer brincadeiras
diante de adultos que não conhecem”.
Para Irina, por exemplo, os Teletubbies propõe “a
criação de um homem ‘anormal’, que passa o dia todo diante da televisão, com a
boca aberta e engolindo qualquer tipo de informação”.
Ainda segundo o relatório, os Teletubbies deixariam
as crianças em um tipo de transe e o fato de Tinky Winky carregar uma bolsa de
uma mulher estimularia os meninos a se vestir como meninas. Também há censura
para Shrek (por “conteúdo sadista”) e South Park (por “promover a
reencarnação”). Bob Esponja demonstraria ser gay por aparecer seguidamente
dando as mãos ao seu melhor amigo, a estrela-do-mar Patrick.
O grupo católico teve o apoio dos ortodoxos, que
são maioria na Ucrânia. Eles pedem que o governo tome providências e retire os
programas do ar. Nenhum órgão governamental se pronunciou sobre o assunto até o
momento.
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